terça-feira, 10 de março de 2009

Não sei se é realmente bela assim ou somente naquele exato momento em que lhe clicaram fotograficamente é que estava com uma aparência celestial. Bem ou mal, mantive meu pensamento naquela fotografia, considerando, até então, que seria passageira a situação.
Despertei sentindo muita preguiça. Avaliando-a como diária, achei que logo passaria. Levantei-me da cama e a tontura, que normalmente desaparece em segundos, acompanhou-me durante todo o dia. Olhei-me contra o espelho, e a imagem intacta ali permaneceu, mesmo após meu passo adiante.
Como se fosse a queda da cachoeira de São Pedro, estiquei minha mão até a torneira da pia do banheiro e, juntando um punhado de água sobre as palmas de minhas mãos, joguei-a inteiramente em minha face, que molhada ficou até a noite, escorrendo a água matinal e o suor cotidiano. Mastiguei meu desjejum e permaneci ruminando, caminhei meu percurso e andei e andei sem destino, retornei para casa de onde aparentemente não havia saído.
São 12 horas da noite, a preguiça toma conta de mim e sua foto não me sai da cabeça.