terça-feira, 29 de abril de 2008

O Sol nas bancas de revista, me enche de alegria e preguiça, quem lê tanta notícia?

O Jornal-Escola O Sol foi um projeto criado por Reynaldo Jardim, para, na época, suprir a deficiência das faculdades de jornalismo. Era um jornal jovem, alternativo, diário e que retratava a sociedade esquerdista da época. Acompanhou e fez parte da história do Brasil e da imprensa brasileira.

O Sol tinha total liberdade na produção estética e criativa. Em depoimentos do documentário O Sol, de Tetê Moraes, chegaram a dizer que aquilo tudo era uma “brincadeira”, uma “irresponsabilidade”, paralela à cobrança que é exigida na imprensa.

Uma música de Caetano Veloso, que cita o sol em sua letra, virou o hino do jornal, representando o espírito “Sem Lenço nem documento” do jornal.

O Sol não surgiu por acaso. O contexto histórico da época era de total efervescência cultural, e o jornal veio dar voz aos universitários, que eram o seu público-alvo e passaram a ser uma categoria, o que até então não eram.

Em uma total ousadia romântica, quem trabalhava no jornal acreditava que ia salvar o mundo, e quem não pensasse assim, eram considerados traidores.

Em depoimento de Ziraldo, ele disse que O Sol “Marcou o que era a cabeça juventude daquela época, assumiu o que era novo...”.

Uma das características marcantes do jornal eram as manchetes ousadas, o que reforçava a ideologia do veículo que não tinha rabo-preso com ninguém, chegando até a supor que seu fim se deu a isso, pois O Sol não vendeu a alma.

O Sol foi uma ousadia romântica, o que nos tempos de mesmice dos jornais de hoje, dá muita saudade.

E como definiu Reynaldo Jardim no final do documentário: “Jovem é O Sol, mesmo se é noite”.

Um comentário:

Gabriel disse...

Bom, os elogios foram dados via msn. É isso, Frrrrávio.
abraço